segunda-feira, 28 de setembro de 2009

R$ 0,01 ou simplesmente:um centavo

Já pensou como os bancos enriquecem?
Fora tooodas as questões que dizem respeito a investimentos com dinheiro dos outros (nosso) e, acima de tudo, isenção de impostos (são livres da Receita Federal, o famigerado Leão), cobram taxas pra ficar com o dinheiro. Pode ser o dinheirão dos megacapitalistas ou o dinheirinho, dos assalariados, que não têm pra onde correr, e deixam o salário depositado no banco, sacando aos pouquinhos, fazendo um cheque aqui e ali pra pagar esta e aquela conta...e considerando que está ´ficando bem com a gerência´ deixando um pouco de dinheiro disponível sem utilizar........Ledo (e Ivo) engano.
Isso é o que acontece nas redes mais famosas daqui de Belém, como Lojas Americanas e Big Ben, um conglomerado de farmácias que jamais te dá troco entre R$0,01 e R$0,03.. A partir daí, te dá R$0,05; assim como a partir de R$0,06 a R$0,07. Depois disso, nada! Quer dizer, as lojas de departamento e as farmácias estão atuando como coletadores de dinheiro que a população (consumidores) tem direito.
Quanto aos bancos, é assim mesmo: tirando aqui e ali as taxas de utilização diária dos serviços (???) que prestam aos correntistas...os banqueiros enriquecem astronomicamente, gozando das taxas que eles mesmos atribuem, e que ninguém controla. Se alguém controla, rapidamente é controlado. Por isso, ficamos irados com a greve dos bancários que, de novo, nos deixa na mão.
Ficamos sem poder sacar o que, de fato, é nosso. Ficamos sem poder pagar as contas que, de fato, nem queríamos pagar, mas se atrasarmos será muuuito pior. Aliado a isso tudo, tem a greve dos trabalhadores nos correios...Sinceramente, é dose!
Quer dizer: não conseguimos sacar o dinheiro. Não recebemos as contas. Não pagamos. Ficamos no débito e, então, quando tudo estiver liberado, teremos que pagar taxas e juros absurdos que não temos como controlar. Os bancários, se obtiverem o que pleiteiam, nem vão querer saber de nós, que estaremos à frente do caixa (aliás, das filas dos caixas) para tentar pagar aqueeeela conta! Ah!, sim existem os caixas automáticos; os serviços pela Internet etc e tal...Alguém aí conseguiu falar com um atendente de algum BANKFONE que tenha dado seqüência à ligação??? Ééé, todos eles diziam não estar escutando o que dizíamos do outro lado da linha. LINDO, NÃO??? Será que algum desses bancários já pensou que PODERIA SER A MÃE DELE tentando sacar a surrada aposentadoria???

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Um novo Curso de Jornalismo

Diante das manifestações recentes contra a atividade jornalística no País, necessário é uma reflexão sobre o tema. Considero que o momento é preocupante, não somente para a atividade acadêmica na formação dos futuros profissionais, senão para a atividade jornalística como representante efetiva do Quarto Poder, considerando-se sua aplicação como antena a irradiar para a sociedade como um todo os fazeres e desfazeres de um governo em suas três categorias de representatividade, quais sejam: Executivo; Legislativo e Judiciário.

Diante disso, o que vimos conferindo é uma constante tentativa de desvalorização da atividade jornalística, como até mesmo um aceno a uma deplorável censura prévia, inaceitável numa sociedade que se diz viver em estado pleno de direito. Num período inferior a 90 dias foram dois golpes certeiros, com toda a conotação de terem sido adrede preparados: 1) O ministro presidente do STF- Supremo Tribunal Federal, acaba com a obrigatoriedade de diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista. E compara a atividade à preparação de alimentos numa cozinha industrial, onde há um chef e um cozinheiro. O primeiro pode ter feito cursos especializados sobre a atividade culinária, e o segundo pode ter aprendido seu ofício apenas como olheiro, que faz aqui e ali seus experimentos. Pois bem: para o cabeção do STF, a ele não importa quem tenha preparado a comida, desde que atenda ao paladar do faminto; 2) Um procurador de Justiça baixa uma ordem contra um jornal de circulação nacional, proibindo que ele divulgue qualquer notícia sobre uma investigação que é realizada contra o filho empresário do presidente do Senado Federal. Note-se: proíbe que o jornal cite a investigação, o processo, e até mesmo o nome do filho do maioral do Congresso. E esse maioral, que é dono de jornal, televisão e emissoras de rádio, faz discurso no Senado (na 3ª feira, 15.09.2009) para dizer que a mídia faz campanha contra os parlamentares, arrogando para si o status de representante da sociedade. O maioral do Senado utiliza um palavreado irônico e cheio de aleivosias, demonstrando uma intenção de que é preciso frear esse ímpeto da mídia, dizendo que eles, os parlamentares, tratam tudo às claras, “à luz do dia”, e que são eles os verdadeiros representantes do povo. E estão sendo massacrados...

É ou não é para pôr as barbas de molho?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saúde americana na UTI comportamental

Foi preciso um presidente negro, francamente contestado por quem nele não votou, para que viesse à tona uma realidade longamente encoberta: o norte-americano comum não tem acesso a atendimento médico.
A proposta oferecida pelo chefe da Casa Branca é repudiada não somente no Congresso, como também pelo cidadão comum, que acabaria sendo beneficiário do sistema por ele proposto de atendimento médico adequado a todo e qualquer cidadão estadunidense.
A reforma proposta por Barack Obama, em cumprimento à proposta de campanha, pela qual todos os cidadãos seriam protegidos por um seguro-saúde básico, enfrenta forte resistência política e, também, entre a população, comprometendo, já, sua popularidade. Interessante que, tampouco Bill Clinton conseguiu levar avante seu plano de seguro-saúde para todos os cidadãos. Mas, parece, a questão não ganhou a dimensão alcançada agora, que divide o país. Vejam bem: a proposta é de um plano de seguro-saúde básico. Básico mesmo!, pois quem pode, paga o melhor; quem não pode, isto é, não tem nada, tem atendimento. Mas o classe média-média, o remediado, este não tem remédio. Se ficar doente tem que vender tudo o que tem (ou hipotecar) e tentar salvar a pele.
É preciso que fique muito claro: nem uma coisa capenga e desesperadoramente angustiante como o SUS brasileiro existe por lá. A realidadde vem à luz: aquela balela que nos enfiaram goela abaixo durante todo o período da guerra fria (extinta no final dos anos ´80 do século passado) sobre o que seria o maravilhoso "american way of life", com serviços médicos ao alcance de todos, veio à luz com a maior crise econômica após o ´crash´ da bolsa de Nova Iorque no começo dos anos ´30 do século 20. Não há como oferecer plano de saúde para todos porque os próprios norte-americanos não concordam em pagar por um serviço que será usufruído por outro. Vale dizer: o individualismo exacerbado pela sociedade mais competitiva do mundo forma cidadãos amesquinhados. Em artigo na "Folha de S.Paulo" (pág. E10, de 03.09.2009), Contardo Calligaris conta que ouviu de cidadãos norte-americanos a preocupação de que seguro-saúde universal "é coisa de país socialista ou comunista".
Quem diria: foi preciso um homem negro para o americano revelar, com todas as letras, esta realidade solar de seu comportamento individualista.