quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cozinhando

Interessante a definição de que jornalista é como chefe de cozinha. Afinal, é o que dá sustentação à vida. Tanto de um lado quanto de outro. Senão vejamos: se não houver quem cuide da cozinha, impossível garantir a qualidade de um corpo são. E a falta de quem fiscalize os atos do governo, torna improvável a subsistência do corpo social.
´Cozinhar´ é um termo utilizado na redação quando se pretende voltar a um assunto já explorado que tenha novidades mas exige uma rememoração dos fatos. Semelhante à cozinha que reaproveita alimentos já servidos, dos quais as sobras são ainda apreciáveis.
Agora, quanto ao fato de a máxima corte do País se preocupar em julgar a necessidade ou não do diploma para o exercício profissional dá a impressão de falta do que fazer ou de ´uma vingancinha´ contra os profissionais da área que mantêm acesa vigilância sobre os atos e fatos ali gerados. Se não fosse assim, a alegada preocupação com a liberdade de expressão não teria lugar em tal julgamento, vez que jamais alguém foi impedido de se manifestar através dos meios de comunicação de todos os tipos, sendo ou não portador de diploma de jornalista.
Ao contrário, para o simples registro de entrada de documentação judicial, exige-se o diploma de advogado. Ora, vejamos: os códigos Civil e Penal são de livre acesso a quem interessar possa. Dessa forma, é permitido ao cidadão defender-se, se assim lhe aprouver. Por que, então, a exigência para qualquer trâmite forense?
Ainda mais: se há, realmente, preocupação com o que acontece no País, por que é que o mais elevado tribunal não tem olhos para as aberrações existentes no plano educacional brasileiro, onde professores do nível básico chegam a ganhar três reais ao dia, em diferentes regiões do País, enquanto a Constituição Federal estabelece que tal nível de docência terá plano de carreira e piso nacional de salário???